Onde Fala do Dízimo na Bíblia no Novo Testamento

O dízimo é um tema amplamente discutido entre os cristãos e desperta dúvidas sobre sua relevância nos dias atuais, especialmente no contexto do Novo Testamento. Enquanto no Antigo Testamento o dízimo é mencionado com frequência, muitos se perguntam: onde fala do dízimo na Bíblia no Novo Testamento? Neste artigo, vamos explorar o que a Bíblia ensina sobre o dízimo sob a perspectiva do Novo Testamento, analisando as palavras de Jesus, dos apóstolos e sua aplicação na vida cristã.

Além de ser uma prática de adoração, o dízimo está relacionado à gratidão e à obediência a Deus. No entanto, com a transição da Lei para a graça no Novo Testamento, a visão sobre o dízimo mudou em muitos aspectos. Isso gerou questionamentos sobre sua obrigatoriedade e sobre como ele deve ser encarado pelos cristãos modernos. Este texto busca esclarecer essas dúvidas com uma abordagem clara e baseada nas Escrituras.

A relevância do dízimo vai além de questões financeiras; ela reflete a disposição do coração do cristão em servir a Deus com alegria. Vamos explorar os principais versículos do Novo Testamento que tratam do dízimo e como essa prática pode ser aplicada em nossa vida hoje. Você também encontrará respostas para perguntas frequentes relacionadas ao tema.

O Dízimo no Antigo Testamento: Uma Breve Revisão

Antes de entender o que o Novo Testamento fala sobre o dízimo, é essencial revisar sua origem no Antigo Testamento. O dízimo aparece como um mandamento explícito, estabelecendo a base para sustentar os levitas e manter as práticas religiosas. Ele também simbolizava a gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas, especialmente em um contexto agrícola e pastoral.

  • O conceito de dízimo aparece pela primeira vez em Gênesis 14:20, quando Abraão entrega a Melquisedeque um décimo de tudo. Esse ato é visto como um gesto de gratidão e adoração. Esse evento é significativo porque demonstra que o dízimo antecede a Lei mosaica, indicando que sua prática não era apenas legalista, mas espiritual.
  • Em Levítico 27:30-32, Deus ordena que o dízimo seja separado para o sustento dos levitas e para a manutenção do templo. Essa separação incluía colheitas, gado e qualquer outra fonte de provisão. Isso mostrava a dependência do povo de Deus e a obediência ao Seu comando.
  • O dízimo também é mencionado em Malaquias 3:10, onde Deus desafia os israelitas a provarem Sua fidelidade ao trazerem os dízimos à casa do tesouro. Essa passagem reforça a ideia de que dar o dízimo era um ato de confiança na provisão divina e garantia de bênçãos materiais e espirituais.

Esses exemplos do Antigo Testamento mostram que o dízimo não era apenas uma prática obrigatória, mas uma demonstração de submissão e dependência de Deus. No entanto, no Novo Testamento, o foco muda da obrigatoriedade para a generosidade voluntária.

O Dízimo no Novo Testamento: O Que a Bíblia Diz?

No Novo Testamento, o dízimo é mencionado em passagens específicas, mas seu enfoque muda em relação ao Antigo Testamento. Em vez de ser uma exigência legal, ele é tratado como uma questão de coração e generosidade. Vamos analisar os versículos que tratam do tema para entender essa transição.

Passagens-chave no Novo Testamento
  1. Mateus 23:23:
    Jesus repreende os fariseus por darem o dízimo enquanto negligenciam “os preceitos mais importantes da Lei: justiça, misericórdia e fidelidade”. Aqui, Jesus não condena o dízimo, mas enfatiza que a justiça e o amor a Deus devem ser prioridade. Isso nos ensina que a verdadeira adoração vai além de práticas externas, sendo uma expressão de um coração alinhado com os valores de Deus.
  2. Lucas 11:42:
    Similar a Mateus, Jesus critica os fariseus pela hipocrisia. Embora eles sejam cuidadosos em dar o dízimo, deixam de lado valores como o amor e a compaixão. Esse ensino ressalta que Deus valoriza a integridade e o amor acima de atos religiosos mecânicos. Jesus, ao abordar esse tema, destaca a importância do equilíbrio entre prática e propósito espiritual.
  3. Hebreus 7:5-9:
    A relação entre Abraão e Melquisedeque é retomada, destacando o dízimo como uma prática histórica, mas sem reforçar sua obrigatoriedade para os cristãos. Este trecho também liga o dízimo ao sacerdócio de Melquisedeque, sugerindo um paralelo com o sacerdócio eterno de Cristo. No entanto, o foco está mais na espiritualidade do ato do que na imposição de regras.

Esses versículos mostram que o dízimo não foi ignorado no Novo Testamento, mas sua prática ganha um novo significado, ligado mais ao coração e menos à obrigação. Ele passa a ser visto como uma extensão da generosidade e do amor cristão.

O Ensino de Jesus Sobre o Dízimo

Jesus abordou o dízimo em vários momentos, mas sempre destacando que ele deve ser um reflexo de um coração generoso e não apenas uma prática ritualística. Suas palavras revelam a necessidade de buscar uma fé autêntica, que priorize valores espirituais acima das ações externas.

  • A prioridade da justiça e misericórdia: Em Mateus 23:23, Jesus não desvaloriza o dízimo, mas ressalta que obedecer a Deus vai além das práticas externas. Ele deixa claro que a verdadeira espiritualidade está em viver os valores do Reino, como a compaixão, o perdão e o amor ao próximo. Isso não significa que o dízimo seja irrelevante, mas que ele deve ser acompanhado de atitudes corretas.
  • Generosidade e desapego material: Jesus ensina que a verdadeira adoração está ligada à generosidade, como em Lucas 21:1-4, onde a viúva pobre dá tudo o que tem. Esse exemplo ilustra que a generosidade não está relacionada à quantidade, mas à disposição do coração. Jesus valoriza a entrega sincera e sacrificial, independentemente do valor financeiro.

Esses ensinamentos nos levam a refletir: dar o dízimo no Novo Testamento é mais uma questão de coração do que de lei. Ele deve ser um reflexo de gratidão a Deus e um meio de apoiar a obra de Seu Reino. Assim, a prática se torna significativa, não como uma obrigação, mas como um privilégio.

O Papel do Apóstolo Paulo no Ensino do Dízimo

Embora Paulo não mencione o dízimo diretamente em suas cartas, ele ensina sobre ofertas e generosidade, destacando princípios que podem ser aplicados à prática do dízimo. Ele enfatiza a liberdade cristã e a importância de contribuir com um coração voluntário e alegre, sem imposições externas.

  • Contribuir com alegria e generosidade: Em 2 Coríntios 9:6-7, Paulo diz que “Deus ama quem dá com alegria”. Esse ensinamento se alinha ao espírito do Novo Testamento, que valoriza a voluntariedade. Ao invés de impor regras rígidas, Paulo destaca que cada um deve decidir em seu coração quanto oferecer, mas sempre com alegria e gratidão.
  • Sustento da igreja: Em 1 Coríntios 9:13-14, Paulo afirma que aqueles que pregam o evangelho devem viver do evangelho, sugerindo que os fiéis contribuam para o sustento da obra. Isso reflete o mesmo princípio do Antigo Testamento, mas adaptado à liberdade da nova aliança em Cristo.
  • Generosidade como fruto da fé: Para Paulo, contribuir é um reflexo da transformação que Cristo opera no coração do crente. Não se trata apenas de sustentar a igreja, mas de demonstrar gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas. Esse princípio torna a oferta mais significativa do que uma mera prática legalista.

Esses textos nos ajudam a compreender que o foco no Novo Testamento está na disposição de dar, e não em uma porcentagem obrigatória. Dar se torna um ato de adoração e uma maneira de participar da obra de Deus.

É Obrigatório Dar o Dízimo no Novo Testamento?

Essa é uma das perguntas mais frequentes: é obrigatório dar o dízimo no Novo Testamento? A resposta depende da interpretação de cada comunidade cristã, mas a Bíblia fornece orientações claras sobre a essência da prática. O Novo Testamento não estabelece o dízimo como um mandamento obrigatório, mas apresenta princípios que incentivam a generosidade e o cuidado com os necessitados.

  • A lei versus a graça: O dízimo no Antigo Testamento era obrigatório sob a Lei mosaica, que exigia a separação de 10% das colheitas e rendimentos. No entanto, no Novo Testamento, os cristãos vivem sob a graça, e as contribuições são feitas de forma voluntária. Isso significa que, em vez de uma obrigação legal, dar o dízimo deve ser um ato de amor e gratidão. Jesus enfatizou que as práticas religiosas não devem ser apenas rituais, mas expressões genuínas de fé.
  • Jesus aboliu o dízimo? Não há registro de que Jesus tenha abolido o dízimo, mas Ele ensinou que a justiça, o amor e a fé são mais importantes (Mateus 23:23). Sua ênfase estava na transformação do coração e na vida dedicada a Deus. O dízimo, como qualquer outra prática espiritual, deve ser feito com sinceridade e sem hipocrisia.
  • Paulo e a liberdade cristã: O apóstolo Paulo enfatiza a liberdade em Cristo, sugerindo que a contribuição deve ser feita com alegria e generosidade, sem imposição. Ele reforça a importância de sustentar a obra do evangelho, mas sempre dentro da disposição do coração de cada pessoa. A liberdade cristã não anula a importância da contribuição, mas a redefine como um ato de adoração.

Portanto, no Novo Testamento, o dízimo não é visto como uma regra fixa, mas como uma oportunidade de demonstrar gratidão e generosidade. Ele reflete a atitude do coração e o desejo de servir a Deus com alegria.

Perguntas Comuns Sobre o Dízimo no Novo Testamento

Muitas dúvidas surgem sobre o dízimo no Novo Testamento, especialmente quanto à sua obrigatoriedade e aplicação prática. Vamos responder às questões mais frequentes com base nas Escrituras.

  • Onde fala do dízimo na Bíblia no Novo Testamento?
    Os principais versículos são Mateus 23:23, Lucas 11:42 e Hebreus 7:5-9, que mencionam o dízimo diretamente. Esses textos destacam a prática como parte do contexto judaico, mas ressaltam a importância de valores como justiça e misericórdia.
  • É pecado não pagar o dízimo?
    No Novo Testamento, não há uma regra que determine o pagamento obrigatório do dízimo. No entanto, a Bíblia incentiva a generosidade e o cuidado com a obra de Deus. A ausência de contribuição pode ser vista como falta de compromisso com o Reino, mas não como um pecado em si.
  • Qual a forma correta de dar o dízimo?
    A forma correta é dar com alegria, generosidade e propósito, como ensinado em 2 Coríntios 9:6-7. Deus valoriza a intenção do coração acima da quantidade oferecida. É importante também priorizar o sustento da igreja e o auxílio aos necessitados.
  • Onde está escrito que o dízimo é dez por cento?
    O conceito de 10% é derivado do Antigo Testamento, mas não é reafirmado como uma regra no Novo Testamento. Ele serve como referência histórica, mas o foco do Novo Testamento está na generosidade espontânea e na liberdade de dar.

Essas respostas ajudam a esclarecer que o dízimo no Novo Testamento não é uma imposição, mas uma expressão de fé e gratidão. Ele deve ser praticado com sinceridade e alinhado aos princípios espirituais ensinados por Jesus e pelos apóstolos.

Aplicação Prática: Qual a Forma Correta de Dar o Dízimo Hoje?

A prática do dízimo hoje deve seguir os princípios bíblicos de generosidade, voluntariedade e gratidão a Deus. Embora o Novo Testamento não imponha o dízimo como obrigação, ele apresenta diretrizes que ajudam os cristãos a contribuir de maneira significativa e espiritual.

  1. Defina um propósito: Contribua para a obra de Deus com intenção e coração sincero. Isso pode incluir o sustento de igrejas, missionários ou iniciativas de caridade que reflitam os valores do Reino de Deus. Ao dar com propósito, você demonstra sua fé em ação e apoia diretamente o avanço do evangelho.
  2. Seja generoso: Não se prenda a números, mas à generosidade. O Novo Testamento ensina que a verdadeira contribuição vem do coração e é proporcional às bênçãos recebidas. Lembre-se de que Deus valoriza o ato de dar com alegria, e não apenas a quantia oferecida.
  3. Priorize a justiça e o amor: Lembre-se das palavras de Jesus sobre a importância de valores espirituais. O dízimo não deve ser uma prática isolada, mas parte de uma vida dedicada a Deus. Além disso, considere ajudar os mais necessitados, pois isso reflete o verdadeiro espírito cristão.

O dízimo no contexto moderno é mais do que uma prática religiosa; é uma forma de demonstrar nossa gratidão a Deus e participar ativamente da expansão do Seu Reino. Assim, ao dar, fazemos parte de algo maior e reafirmamos nosso compromisso com Deus.

Conclusão

O dízimo no Novo Testamento não é apresentado como uma obrigação legal, mas como um reflexo de generosidade e fé. Mateus 23:23 e Lucas 11:42 mostram que Jesus valorizava a justiça e a misericórdia acima das práticas externas. Já Paulo ensina sobre contribuir com alegria e liberdade, ressaltando que cada um deve decidir em seu coração quanto ofertar.

Portanto, se você se pergunta onde fala do dízimo na Bíblia no Novo Testamento, as respostas estão nos princípios espirituais e na disposição do coração. Dar o dízimo não é apenas um ato financeiro, mas uma demonstração de fé e amor a Deus. Ao praticá-lo com sinceridade, você reflete os valores do Reino e investe em algo eterno.

4 comentários em “Onde Fala do Dízimo na Bíblia no Novo Testamento”

  1. Gostei muito da abordagem sobre o dízimo, respeita a forma como outras igrejas interpretam o assunto, mas deixa claro, a luz da Nova Aliança, não há nada que nos obrigue a dar o dízimo ou as ofertas, e que, se não dermos, seremos castigados ou não prosperaremos. Isso gera medo, pânico, terror na vida de muitos fiéis, e se são fiéis nos dízimos e nas ofertas são ensinados a cobrar de Deus que Ele cumpra a sua parte. Essa interpretação acaba impedindo de eu ser generoso e deliberado nas minhas contribuições gerando interesses financeiros perdendo a essência desse ato tal puro e genuíno que é contribuir para a expansão do Reino de Deus

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    • Olá, José! Fico feliz que tenha gostado!

      Realmente, quando as contribuições são feitas por medo ou por uma suposta obrigação divina, elas perdem o verdadeiro significado da generosidade. A Nova Aliança nos ensina que dar deve ser um ato voluntário, fruto do amor e da gratidão, e não algo motivado pelo medo de punição ou pela busca de recompensas materiais.

      Sou a favor do dízimo, mas também acredito que devemos sempre contribuir com alegria e liberdade, lembrando que Deus ama quem dá com o coração sincero. Deus abençoe!

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  2. OLA BRUNA

    AMEI O SEU ESTUDO.
    ACREDITO QUE NA ANTIGA ALIANÇA A HUMANIDADE ESTAVA CONHECENDO `A DEUS ,POR ISSO A OBRIGATORIEDADE DO DIZIMO ,POREM NA NOVA ALIANÇA JÁ TEMOS BASTANTE CONHECIMENTO DE DEUS PARA DIZIMAR-MOS VOLUNTARIAMENTE COM GRATIDÃO.
    EU ACREDITO QUE DIZIMO E UMA PROVA DE FÉ AMOR À DEUS E À SUA OBRA.
    DEUS NÃO PRECISA DO MEU DIZIMO ´EU É QUE PRCISO SER DIZIMISTA.
    FIQUE COM DEUS.

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    • Olá, Márcia Maria! Como vai?

      Fico feliz que tenha gostado do estudo! Concordo que, na Nova Aliança, a ênfase está na voluntariedade e na gratidão ao dizimar. Quando fazemos isso com amor e fé, estamos demonstrando nosso compromisso com Deus.

      É lindo perceber que, mesmo não sendo uma obrigação imposta, muitos ainda escolhem contribuir como um ato de adoração e gratidão. Que Deus continue abençoando sua vida! Fique com Deus!

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